Em meio ao que podemos chamar de "literatura de expressão amazônica", Salomão Larêdo ocupa lugar muito especial não só por se tratar de escritor que já possui obra grandiosa, mas também porque permanece, o tempo todo, no campo da experiência com a linguagem e com as derivações estilísticas... e se a matéria primeva de sua obra continua sendo aquela que se cricunscreve numa curva de rio, essa curva de rio se dirige ao mundo, curva que poderíamos dizer se bifurca em dois outros rios, que ora correm paralelos, ora se cruzam, se encontram, que ora deslizam com suavidade, ora com violência: o da ficção e o da história.
Com Salomão Larêdo, partilho a infância ribeirinha e a relação tão intensa com as águas, com o rio. O Rio, nosso "infamiliar", lugar das brincadeiras, das exploraçãoes do mundo subaquático, do aprendizado tão importante do nadar, mas também fonte permanente de perigo e, no limite, de morte...
